quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Leia a biografia de Cássia Eller

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da Folha Online

Filha de pai militar (sargento pára-quedista do Exército) e mãe dona-de-casa, Cássia Rejane Eller nasceu no Rio de Janeiro em 10 de dezembro de 1962. O nome foi sugerido pela avó, devota de Santa Rita de Cássia.

Álbum de família

Durante seus 39 anos, a cantora teve vários endereços em várias regiões do país.

Aos 6, mudou-se com a família para Belo Horizonte. Aos 10, foi para Santarém, no Pará, e volta, aos 12 anos, para o Rio. Aos 18, chega a Brasília e se torna uma referência na cena musical da capital do país.

O interesse pela música começou antes, aos 14, quando ganhou um violão de presente. Tocava princilmente músicas dos Beatles. Sempre conviveu com músicos, amigos de sua mãe.

e
Em Brasília, cantou em coral, fez testes pra musicais, trabalhou em duas óperas como corista e, em 1981, participou de um espetáculo de Oswaldo Montengro.

"Quando criança, queria fugir com o circo, mas acabei sendo garçonete e cozinheira, aos 18 anos, em Brasília", disse à Folha em 1999.

Um ano mais tarde, ela foi para Minas Gerais e trabalhou como servente de pedreiro. "Fiz massa e assentei tijolos."

Quando voltou para Brasília, substituiu uma amiga como secretária no Ministério da Agricultura. "Fui demitida no terceiro dia. Aí resolvi só cantar."

Cássia cantou também em um grupo de forró e participou por dois anos do primeiro trio-elétrico do Planalto, o Massa Real. Seu sonho era ser cantora de ópera.

Dizia que não tinha a disciplina exigida para o estudo formal. Ela não chegou a terminar segundo grau.

Foi a partir de 1989 que Cássia começou seu trajeto pelo mundo do disco.

Em São Paulo, ela gravou uma fita demo, apoiada pelo tio, Anderson - que, aliás, foi seu primeiro empresário.

Foi ele quem levou a fita para uma audição na gravadora Polygram.

Nesta fita estava gravada a música que viria a ser o primeiro sucesso na voz de Cássia, a música "Por Enquanto", de Renato Russo.

Veio então o contrato com a gravadora e o primeiro disco, lançado em 1990. Depois disso, Cássia não parou mais. Foram sete discos gravados, vários sucessos e uma personalidade inconfundível, que mistura sua timidez latente à rebeldia quase adolescente.

anjo do mal

Giz

Legião Urbana

Composição: Renato Russo / Dado Villa-Lobos / Marcelo Bonfá

E mesmo sem te ver
Acho até que estou indo bem
Só apareço, por assim dizer
Quando convém aparecer
Ou quando quero
Quando quero

Desenho toda a calçada
Acaba o giz, tem tijolo de construção
Eu rabisco o sol que a chuva apagou
Quero que saibas que me lembro
Queria até que pudesses me ver
És parte ainda do que me faz forte
E, pra ser honesto,
Só um pouquinho infeliz

Mas tudo bem
Tudo bem, tudo bem... (2x)
Lá vem, lá vem, lá vem
De novo:
Acho que estou gostando de alguém
E é de ti que não me esquecerei

(Quando quero....
Quando quero...
Quando quero...
Eu rabisco o sol que a chuva apagou...
Acho que estou gostando de alguém...)

Pessoal essa é uma das letras mais linda do Renato Russo. Ela é minha cara não acham...Ela me dá um estado de solidão, mas adorooooooooooo!!!!!

Memória

Renato Russo
Do inferno ao céu

Na semana em que o roqueiro faria 40 anos, amigos contam quando e com quem ele contraiu Aids e a família relata a história de Giuliano, o filho que chegou a ser noticiado como adotado

Cláudia Carneiro e André Barreto

Foto: Pedro Agilson
O ícone Renato Russo tinha um relacionamento difícil com os pais: Dona Carminha só soube que o filho tinha Aids pela TV

O cantor e compositor Renato Russo sempre surpreendeu. Aos 18 anos, fez a mãe empalidecer ao revelar que era homossexual. “Mãe, não vou casar com a Ana Paula, porque acho os homens interessantes”, admitiu ele, referindo-se à então namorada, uma fotógrafa, filha de um almirante. “Meu chão foi lá embaixo”, lembra hoje a professora aposentada Maria do Carmo Manfredini, 62 anos. “Parei um minuto para rezar: Meus Deus, o que faço agora?” Dona Carminha, como é conhecida, então respondeu a Russo, angustiado com o silêncio da mãe: “Está bem, filho, mas só não me traga homem para dentro de casa”.

Renato Russo surpreendeu os pais, amigos, fãs e a música brasileira não apenas enquanto viveu. Morto há três anos e meio, o líder da banda Legião Urbana permanece aclamado como mito do rock nacional. Na segunda-feira 27, faria 40 anos. Mesmo sem existir mais, a Legião é o grupo de rock que mais vende discos. Este mês, seu CD Acústico MTV, lançado em outubro de 1999, com um milhão de cópias, está em segundo lugar entre os mais vendidos – perde para Sandy & Júnior, em São Paulo, e Roberto Carlos, no Rio. De 1995 até agora, a Legião vendeu 10,2 milhões de cópias e os três discos-solo de Russo, 2 milhões. Renato Russo ferve em 140 sites da internet sobre a Legião.“Garotos de 13 anos o estão conhecendo e virando fãs fervorosos”, diz Simone Assad, jornalista e fã que coordenou, de Nova Friburgo, no interior do Estado do Rio, a edição do livro Renato Russo de A a Z, lançado em janeiro pela Editora Letra Livre, um dicionário com frases do cantor, com 453 verbetes. O jornalista carioca Arthur Dapieve prepara para setembro uma biografia. Seus pais, o funcionário aposentado do Banco do Brasil Renato Manfredini, 75 anos, e Maria do Carmo, lançarão um livro com os rascunhos de quando o filho compunha.

Boa parte dos manuscritos continuarão inéditos, se depender do casal Manfredini, responsável pelo espólio do filho. No apartamento do artista em Ipanema, no Rio, os pais guardam pequenas peças de teatro e letras inéditas. Os diários que escreveu até o fim da vida, em inglês, são intocados. “Enquanto vivermos e tivermos controle sobre as coisas de Júnior (Russo era Renato Manfredini Júnior), ninguém mexe nos diários”, diz a mãe. O casal prevê problemas com a biografia escrita por Dapieve.

“Não autorizaremos que o livro trate de coisas íntimas da vida de Júnior”, avisa Carminha. Dapieve acredita que superará a resistência dos pais. Segundo o jornalista, a carência de Russo levou-o a se entregar ao álcool e às drogas. “Ele tomava Cointreau em copo de requeijão em um só gole”, conta.

Foto: Pedro Agilson
Antes de morrer, pediu ao pai provas de amor

“Quando namorava um rapaz chamado Lui, tentou suicídio para chamar a atenção dele.” Nos últimos meses de vida, Renato desistiu de tomar AZT. Uma amiga, que prefere não se identificar, acrescenta que, um mês antes de morrer, o roqueiro pedia a presença do pai:

“Ele queria provas do amor do pai e de que ele o aceitava como gay e alcoólatra.”

Renato Manfredini mudou-se para o Rio ao saber da doença, dois meses antes de perder o filho. “O Júnior carregava o mundo nas costas”, diz ele. Não contou à mulher o que o próprio filho não ousara revelar à mãe. Ela soube pela tevê que o filho tinha Aids, horas depois da morte de Renato Russo, em 11 de outubro de 1996. “À noite, ouvi na tevê: ‘Morreu hoje de Aids o cantor Renato Russo’. Foi um choque.

De manhã, declarei que meu filho tinha morrido de anorexia nervosa.” O respeito dos pais por sua opção sexual aproximou-o mais da família. Em 1988, ele assumiu publicamente a homossexualidade. A mãe não queria. “É para lutar contra o preconceito que vou fazer isso, mãe”, disse ele.

DEPRESSÃO No último mês de vida, Russo praticamente não comia. Só bebia água de coco. Saul Bteshe, 50 anos, seu médico por oito anos, conta que, nos primeiros meses após descobrir a doença, o artista reagiu com otimismo. “Perto de sua morte, caiu em depressão”, conta o médico, que tratava do cantor antes de ele ser infectado. Quando o cantor foi a seu consultório pela primeira vez, Bteshe desconhecia a Legião. “Ele perguntou se eu não o estava reconhecendo”, lembra Bteshe, que o acompanhou em shows na fase avançada da doença.

Russo soube que tinha Aids depois de ter namorado Robert Scott Hickmon, que o roqueiro conheceu em Nova York, em novembro de 1989. Morador de San Francisco, Scott era gay e tinha um namorado vítima da Aids. Russo e Scott viveram juntos alguns meses no Brasil, antes de o americano voltar para os Estados Unidos, no final de julho de 1990, quando usaram heroína juntos. “Foi fogo. O namorado do Scott estava em estado terminal de Aids e mesmo assim o Renato se envolveu com ele”, diz a amiga Leonice de Araújo Coimbra, a Léo, que estava com Russo em Nova York, em novembro de 1989, quando o romance começou. Em 1990, ela recebeu o músico em sua casa, em Brasília, que segurava o resultado de um exame. Chorando, abraçou forte a amiga e desabafou: “Sou HIV positivo”. Léo afirma: “Renato tinha certeza que pegou Aids do Scott. Ele foi embora e ninguém soube mais dele”. Russo nunca assumiu a Aids publicamente. Em 1992, perguntado por um jornalista, disse: “Não estou com Aids, que pergunta idiota”.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

O amor é o ridículo da vida.
A gente procura mesmo uma pureza impossível
Uma pureza que está sempre se pondo indo embora.
A vida veio e me levou com ela
Sorte é se abandonar
E aceitar essa vaga ideia de paraiso
Que nos persegue
Bonita e breve
Como borboletas, que só vivem vinte e quatro horas
Morrer não dói!!!!!!!!!! CAZUZA